Escritor
"Autor de composições de qualquer gênero literário"
Fonte: Dicionário Michaelis
O que é ser um escritor?
Escritor é o artista que se ocupa de produzir textos escritos de qualquer gênero literário. O escritor expressa, pela arte escrita, todo o seu universo interior, introduzindo o leitor em um mundo de fantasia, usando técnicas e métodos de escrita para conseguir atingir os efeitos desejados. Para ser considerado profissional, o escritor deve ter obras publicadas, e se não as tiver é denominado "escritor amador". Em toda a história, existiram diversas escolas literárias, e cada uma delas tinha características específicas, ou seja, os autores de cada escola tinham pontos em comum, como a maneira de escrever, os temas abordados, enredos, técnicas usadas, reações esperadas, etc. O profissional pode escrever seu texto tanto em forma de prosa, quanto em forma de poesia, dependendo de sua maior aptidão.
Quais as características necessárias para ser um escritor?
O escritor deve ser, acima de tudo, sensível aos sentimentos humanos, e tentar sempre passar a sua verdade interior. O escritor deve entender bem do idioma que irá escrever, de sua gramática e interpretação, deve também ser coerente e coeso em seus textos. Outras características interessantes são:
- gosto pela literatura
- criatividade
- metodologia
- paciência
- determinação
- dinamismo
- pró-atividade
- facilidade de comunicação escrita
- capacidade de análise da sociedade
- capacidade de passar verdade para os leitores
- capacidade de se comunicar com os leitores
Qual a formação necessária para ser um escritor?
Por ser uma arte, para ser um escritor é necessário principalmente talento, além de noções aprofundadas da língua em que irá escrever. Existem muitos cursos que ensinam técnicas e auxiliam o profissional a desenvolver melhor a sua escrita. Para quem quer ser escritor e cursar uma faculdade é recomendável que escolha um curso que tenha a ver com a área, como jornalismo ou letras, ambos com duração média de quatro anos, e abordam a língua portuguesa com ênfase, ensinam técnicas de escrita e estudam as técnicas de escritores famosos.
Principais atividades
- abordar um tema
- desenvolver o tema, sempre tentando prender a atenção do leitor
- dependendo do gênero literário, o autor aplica técnicas de linguagem, para dar suspense, causar espanto ou despertar algum sentimento no leitor
- produzir um texto coeso e coerente
- utilizar a licença poética, que é um tipo de autorização que o autor tem para escrever algo que não esteja correto mas que cause algum efeito desejado
- escrever romances, poesias, crônicas, novelas, artigos, peças de dramaturgia, contos, etc
- pode também escrever em diversos gêneros, e se expressar em várias escolas literárias passadas
Áreas de atuação e especialidades
O autor de obras literárias pode se especializar em qualquer gênero. Entre eles os principais são:
- romance: romance é o texto em prosa. Não pode ser confundido com a escola literária romântica, que teve suas características específicas. Romance é a peça escrita em prosa, e geralmente é uma narrativa, tem um enredo com começo, meio e fim. O romance se diferencia da novela, por ser composto por um paralelo de várias ações, enquanto a novela é a contraposição de ações individuais
- poesia: poesia é o texto escrito em versos e estrofes, geralmente possui efeitos sonoros ou visuais, e tem rimas, embora cada escola literária tenha usado a poesia com suas características específicas
- conto: forma narrativa, em prosa, bem parecida com o romance, porém de menor extensão
- crônica: forma narrativa em prosa, que obedece a ordem temporal. Normalmente é vista em jornais e revistas, onde um escritor se familiariza com o leitor, escrevendo periodicamente
- peças de dramaturgia: são peças de teatro. O autor é responsável por escrever toda a peça, caracterizar os personagens e o espaço, e muitas vezes também acompanha sua montagem
- novelas: são textos que se passam em episódios, que tem por objetivo prender a atenção do leitor ou telespectador. Hoje em dia são mais comuns na televisão, mas também já foram contadas em livros, revistas, jornais e até no rádio. A novela tem semelhanças com o romance, além da diferença citada, tem menor duração
Mercado de trabalho
O mercado de trabalho para o escritor depende de seu gênero literário, pois existem muitos tipos diferentes de público- alvo. No Brasil, a cultura literária não é tão incentivada como deveria ser, e apesar da literatura brasileira ser muito rica e diversificada, o governo tem pouquíssimos projetos de incentivo a leitura e de estudo da literatura. A mídia é a que mais emprega escritores, que podem trabalhar tanto em jornais e revistas quanto na internet, na redação de sites de notícias, de cultura, etc. Esta última causou um grande crescimento na demanda de escritores, principalmente dos formados em jornalismo. Para aqueles formados em letras, há sempre a opção de lecionar em escolas, cursinhos e faculdades.
Curiosidades
História das escolas literárias e principais características:
- Trovadorismo: séc XII ao XIV, durante a era medieval. A cultura trovadoresca está no contexto do sistema feudal de produção e de vida, é baseada na poesia oral, ligada à música, de caráter popular e dividida em cantigas de amor, de amigo, de escárnio e de maldizer. A prosa historiográfica e a poesia palaciana foram evoluções do trovadorismo. Nessa época surgiu um autor muito conhecido, que revolucionou o teatro, e produziu muitos autos e farsas, Gil Vicente.
- Humanismo: séc XV e XVI continua a evolução da prosa historiográfica e da poesia palaciana, além do desenvolvimento de uma prosa mais moralizante e didática. O ambiente passa a ser mais aristocrático, e a literatura separa-se da música.
- Classicismo: séc XVI, foi conseqüência da Revolução Comercial, ou seja, da adoção do capitalismo mercantil, que gerou um movimento chamado Renascimento Comercial e Urbano, quando a cultura passa a ser mais voltada a burguesia. As características mais importantes são o equilíbrio e a clareza verbal, além do culto da Antigüidade Latina e a exaltação do homem. O principal autor foi o português Luis de Camões.
- Barroco: séc XVI a XVII, surge em um contexto histórico de unificação da península ibérica, e alimentado pela Contra Reforma Católica, o Barroco tem características muito distintas como o dualismo existencial do homem barroco, o bifrontismo, fusionismo, feísmo, cultismo, conceptismo, uso excessivo de figuras de linguagem sintáticas e sonoras, pessimismo vital, etc.
- Arcadismo: séc XVIII e XIX, também chamado neoclassicismo, tem características literárias parecidas com o classicismo da época do renascimento, como simplicidade e clareza, culto à Antigüidade clássica, pastoralismo, bucolismo e poesia descritiva e objetiva.
- Romantismo: primeira metade do séc XIX, reflete a ascensão da burguesia, com a Revolução Francesa e a primeira Revolução Industrial. O subjetivismo, individualismo, idealismo, a imposição do "eu", o nacionalismo, o ilogismo e a ruptura da disciplina clássica são marcantes nessa época, principalmente a idealização dos personagens.
- Realismo/Naturalismo: segunda metade do séc XIX, o objetivismo, a análise psicológica e a degradação das personagens fazem parte de ambas as escolas. A preocupação em propor soluções para as mazelas sociais começa a aparecer nessa época.
- Parnasianismo: segunda metade do século XIX, paralela ao realismo/naturalismo, o parnasianismo é a "arte pela arte", sem nenhum propósito, impassível, visava sempre a perfeição formal, com uma poesia plástica e visual, sem conteúdos profundos.
- Simbolismo: começo do séc XX foi a reação antimaterialista, procurava o desenvolvimento de símbolos e a aproximação da religião e da metafísica.
- Modernismo: séc XX, o mais concreto e duradouro movimento no Brasil, que aconteceu não só na Literatura, como em todos os tipos de arte. O Modernismo começou com a Semana de Arte Moderna, que aconteceu em São Paulo, em 1922, teve influência direta das vanguardas européias, e tinha como participantes artistas como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Cassiano Ricardo, Tarsila do Amaral, Graça Aranha, entre outros.
